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segunda-feira, 12 de novembro de 2012

Zé Pelintra não é exu mas é egum


Antes de tudo, gostaria de dizer que, fiz uma pesquisa com pessoas de umbanda e de candomblé, e constatei que muitos acham que se diz e se escreve “Pilintra”, quando na verdade é “Pelintra”. Então, vamos tirar o “Pilintra” e o “Candombré” do nosso vocabulário.



         Certamente, quem está lendo esta postagem já ouviu alguém mais velho dizer que Zé Pelintra não é Exú.

         Realmente seu Zé Pelintra não é Exú Ayièkùrù, mas, tecnicamente falando, nada difere Zé Pelintra de um Ayièkùrù a não ser o aspecto histórico.

         O que são os Ayièkùrù? 

         Nada mais, nada menos que os ancestrais que vieram da Europa para o Brasil no Século XVI – e passaram a ser cultuados há pouco mais de cem anos com o nascimento da Umbanda.

         E, o que são os Eguns?
         A tradução literal para a palavra Egum é “osso”. Mas, não necessariamente porque o cara morreu, apodreceu e virou osso.
         A palavra “Egum” foi remetida a conotação para explicar que os nossos ancestrais são parte da estrutura de todos nós, assim como os OSSOS são do corpo humano.

         Então, quando falamos “Egum”, estamos dizendo conotativamente “Ancestral”.

         Logo, tiramos conclusões que, Zé Pelintra (e não Zé Pilintra) é um ancestral assim como Tranca-Ruas, Maria Padilha, Exú Caveira. Entretanto não é considerado um Exú.

         TODOS OS EXÚS SÃO EGÚNS, MAS NEM TODOS OS EGUNS SÃO EXÚS (apesar de “Ayièkùrù” significar “Aquele que mora na terra mesmo depois da morte”).

Mas, isso é assunto para outra matéria.

         E para finalizar a matéria, vocês sabiam que, inicialmente os vulgos “Exú” ou “Povos de Rua” eram chamados de “Padrinhos e Madrinhas”?

         Fica aí então uma curiosidade para quem não vivencia ou nunca vivenciou a umbanda.

Forte axé para todos.

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