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segunda-feira, 12 de novembro de 2012

Sincretismo Religioso no Brasil


Com a vinda dos escravos africanos para o Brasil, os europeus decidiram doutriná-los, não somente nas questões sociais, mas também, na religiosidade. Os Europeus elaboraram uma série de materiais para catequização ao catolicismo, e aplicaram a força na cultura dos escravos.

            Entretanto, os escravos foram mais inteligentes, e sofisticaram um sistema para continuar seus ritos-berço; o que deu Origem ao Sincretismo Religioso no Brasil.

            Escravos rezavam diante de uma imagem de Santo Católico, porém, em língua Ioruba – quando na verdade prestavam suas devoções aos deuses africanos. Os europeus eram “enganados” e acreditavam mesmo na catequização dos negros.

            Esse foi mais um fator muito forte na história do candomblé. Foi um fator tão forte que até hoje podemos encontrar similaridades entre religiões de matrizes africanas com o catolicismo.

            Os deuses africanos foram associados a personagens, Santos Católicos para facilitar a prática às escondidas:

·        Exú – Santo Antônio.
·        Omolú – São Roque ou S. Lázaro.
·        Ogum – São Jorge em uns locais e Santo Antônio em outros.
·        Yemanjá – Nossa Senhora dos Navegantes.
·        Oxum – Nossa Senhora da Conceição.
·        Xangô – São Jerônimo, São João Batista e São Miguel Arcanjo. Em alguns lugares – São Pedro.
·        Oxóssi – São Sebastião e São Jorge.
·        Iansã – Santa Bárbara.
·        Ibeji – São Cosme e Damião.
·        Obá – Santa Rita de Cássia e Joana D’Arc.
·        Nanã – Santa Ana.
·        Oxumarê – São Bartolomeu.
·        Oxalá – Jesus Cristo e Nosso Senhor do Bonfim.

Entretanto, algumas religiões “irmãs” do candomblé como a chamada umbanda, preservam a tradição do sincretismo, quando o próprio candomblé, na maioria dos casos, já extinguiu esse costume.

            Alguns estudiosos dizem que esse sincretismo começou na África mesmo, com a ação de missionários. Esses mesmos estudiosos afirmam que os africanos usavam altares como camuflagem, quando por baixo, tinha na realidade, assentamentos de seus deuses (Orixás, Nkisis ou Voduns).

            Mesmo depois da semiliberação da religião, alguns terreiros de candomblé continuaram usando alguns elementares cristãos, como o crucifixo e algumas imagens de santos católicos. Outros, mais fundamentalistas, optaram pela reavaliação desses conceitos, resgatando a cultura passada, a fim de tornar o candomblé mais próprio, e menos alterado.

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