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sexta-feira, 5 de outubro de 2012

Iemanjá( Janaína, ou Dandalunda)

Sincretizada a Nossa Senhora da Conceição, Iemanjá é a mãe de todos os Orixás, segundo as lendas oriundas do Candomblé. Sua cor é o azul claro, e seus domínios são as águas de todos os lugares, porém, sua atuação maior é sobre os mares e oceanos.  Protetora dos marinheiros, dos pescadores, das viagens por mar e sobre toda a flora e fauna marinhas.
thumb_iemanjSua atuação na Umbanda normalmente  é  sobre  as mulheres  casadas, embora  isso  não  seja   uma   regra,  e principalmente sobre a maternidade.
Os oceanos, as praias, os rios, os lagos e as cachoeiras, são domínios de Iemanjá. A força vibratória das águas ou desses locais tem a função de devolver trabalhos ou vibrações de qualquer natureza. O mar sempre devolverá tudo o que for nele jogado ou vibrado. Nas  obrigações à Iemanjá, é comum serem usados pentes, perfumes, maquiagens, espelhos, etc, enfim, coisas ou objetos que normalmente as mulheres usam. Esses objetos não farão com que Iemanjá favoreça mais a uma determinada pessoa e fatalmente contribuirão para a sujeira e poluição das praias. Se alguém quer fazer obrigações à Iemanjá, deve usar ROSAS BRANCAS (só as pétalas da flor, sem galhos e espinhos) e perfume, se possível de ALFAZEMA.

Iemanjá não aceita flores que não sejam brancas.

Alguns têm divulgado que a bebida de Iemanjá é champanhe ou soda limonada.  Isso não é verdade, essas bebidas não existiam na África.

Iemanjá não aceita essas bebidas.

Como todos os Orixás, Iemanjá não quer bebidas ou comidas, quer apenas a sua fé. Se quiser fazer obrigações a Iemanjá, leve flores, perfume, uma vela, e o mais importante:

ORAÇÃO E MUITA FÉ.

Na beira da praia faça seu pedido. Os espíritos trabalhadores na linha de Iemanjá vão ouví-lo(a) e atendê-lo(a) em  seu pedido, o mar  por sua característica vibratória, devolve rapidamente tudo que nele é atirado, mas não firma trabalhos duradouros.
Os resultados, porém, são rápidos e seguros. Isso indica que a Iemanjá podemos pedir ajuda em problemas de urgente retorno, como exemplo, as doenças. Faça seu pedido, ela ouvirá e atenderá.
Alguns ignorantes e incautos vão às praias e lá vibram ou afirmam pontos malignos. Como o mar, que por sua natureza vibratória devolve tudo que nele é jogado, o incauto receberá de volta rapidamente tudo aquilo que pediu e vibrou.
Iemanjá é a mãe de todos os Orixás e também é sua mãe, respeite-a sempre.
Iemanjá é  um  dos  Orixás  mais   cultuados   e respeitados  na Umbanda. Ela está representada na figura da mãe que acompanha o ser humano por toda a vida. É muito evocada nos templos de Umbanda através das sereias e outras ondinas para limpeza fluídica das pessoas e do ambiente.
  • Cor...............Azul claro
  • Domínios........As águas de todos os lugares
  • Atuação.........Sobre a maternidade. (proteção às mães)
  • Saudação.......Adociá, ou Odóia
  • Elemento.......Água.


Comentário do Pai de Santo

Os oceanos, os mares, as praias, os rios, os lagos e as cachoeiras são também seus domínios e Iemanjá delega alguns desses domínios a outros Orixás, como exemplo: as cachoeiras são consagradas a Oxum e a Xangô e os rios, ribeirões e mangues a Nanã Boruquê. 
Nos trabalhos desenvolvidos nos terreiros é comum a evocação de Iemanjá e suas enviadas, tais como os elementais conhecidos como sereias e ondinas ou então a linha dos marinheiros, no sentido de “limpar vibratoriamente” os locais de culto ou descarregar pessoas necessitadas de reajustamento vibratório.
Quanto à forma de cultuar Iemanjá, existe uma verdadeira parafernália nesse sentido. Já vi e ouvi de tudo, já vi levarem as nossas praias, coisas como: barquinhos de isopor, pentes, maquilagens, perfumes, espelhos, etc. Enfim, coisas ou objetos que as mulheres normalmente usam. E também bebidas como champanhe, soda limonada, calda de ameixa ou de pêssego.
Esses objetos não farão com que Iemanjá favoreça mais ou menos a uma pessoa e só irão contribuir para sujeira e poluição de nossas praias. Se você nunca viu um trabalho feito nas praias em homenagem à Iemanjá, ficará horrorizado ao ver o estado e o monte de lixo que deixam nas praias no final desses trabalhos.
Esse procedimento está causando aos umbandistas um sério problema. Os municípios situados no litoral do Estado de São Paulo estão dificultando cada dia mais a realização dos trabalhos de praia. Os moradores desses municípios querem nos ver cada vez mais longe das praias por um simples motivo - a sujeira.
Hoje as prefeituras desses municípios estão cobrando taxas altíssimas para fornecerem autorizações para realização desses trabalhos. Sob a alegação que as taxas são para limpeza das praias após os rituais, querem na realidade nos afastar das praias e não posso culpá-los, a sujeira e o lixo que deixam por lá é enorme.
Nos trabalhos que realizamos na praia no final de todos os anos, temos permissão de levar apenas três velas; uma para Oxalá, outra para Iemanjá e outra para Ogum. Nenhuma outra vela é acesa durante todo o trabalho e não há necessidade disso. Não é o uso de velas que farão um trabalho mais forte ou mais fraco.
Certa vez, ao observar os trabalhos de um outro terreiro, na Praia Grande, no litoral de São Paulo, conversei com uma jovem que acendia uma vela de cada cor, dentro de uma vala aberta na areia, que circundava todo o terreiro. Ao perguntar por que acendia as velas, a jovem respondeu:
“É para dar luz aos Orixás”
Como dar luz aos Orixás?

Essa resposta mostrou claramente que a jovem não sabia o que fazia. Orixás não precisam de luz, principalmente de velas e como ela, todos os demais médiuns acendiam suas velas, no final estava acesa uma verdadeira fogueira ao redor do terreiro, que transmitia além da idéia de sujeira, um tremendo mal cheiro de parafina derretida.
A culpa era da jovem e dos outros médiuns? Lógico que não! A culpa era de sua dirigente, que mais ignorante do que ela lhe ensinava coisas que nem ela mesma sabia como funcionam.
Outro grande erro é oferecer rosas que não sejam brancas ou brancas com os espinhos. Observe a orla da praia depois que os médiuns retornam ao terreiro, após entraram na água para fazer a entrega das flores. A praia estará repleta das flores que não são brancas e das rosas mesmo brancas que contenham os espinhos. Isso acontece porque Iemanjá devolve essas coisas, porque não as aceita dessa forma.
Iemanjá não quer bebidas, comidas, pentes, maquilagens, etc... quer apenas duas coisas de você: devoção e fé.
Se desejar fazer um pedido a Iemanjá, eu lhe ensino esta obrigação.
Vá a praia e leve rosas brancas, sem os talos ou somente as pétalas se desejar e perfume de alfazema. E o mais importante:
“Oração e muita fé”.
Na beira da praia, molhe as flores com o perfume, em seguida ajoelhe-se, faça suas orações, o seu pedido e em seguida jogue as flores na água.
Compreenda que o mar, devido a sua natureza vibratória, devolve tudo que nele é atirado ou vibrado. O mar, no entanto, não afirma trabalhos duradouros, mas os resultados são rápidos e seguros. À Iemanjá podemos pedir ajuda para solução de problemas que necessitem de urgente retorno, como exemplo; a cura para as doenças. Os espíritos trabalhadores na linha de Iemanjá vão ouvi-lo e atendê-lo em seu pedido. Faça sua obrigação e colha os resultados.
Uma das maiores aberrações que vi nas oferendas a Iemanjá, foi o sacrifício de uma pata branca, depositado na estátua de Iemanjá na Praia Grande/SP. Para aquela mãe de santo (com “m” minúsculo), só pude dispensar a ela e a sua corrente, composta de médiuns paupérrimos em espiritualidade, apenas um sentimento:
A piedade.
Ela e os que a seguiam, não sabiam o que faziam, porém, propagavam o fanatismo e a bestialidade, em nome da Umbanda Sagrada, mostrando aos leigos em nossas praticas o que não somos e o que não praticamos.

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