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quarta-feira, 9 de janeiro de 2013

Exu Sete Liras

O Exu Sete da Lira ou Sete Liras é muito conhecido. Ligado aos ganhos materiais, chamado de Exu do Dinheiro, é um exu que carrego e só vem nas festas de exú nó terreiro.

O Rei da Lira se apresenta como Exu, muito embora suas características originais o liguem mais ao mundo da encantaria, onde é conhecido como Sete Rei da Lira, José das Sete Liras ou o Rei das Sete Liras. Poucos conhecem a sua história como encantado, que começa na Idade Média e vai até a sua reencarnação no século dezenove. Na Espanha Medieval, havia um casal: Caio e Zelinda. Caio era um descendente de gregos, que tocava e fabricava instrumentos musicais, especialmente liras. Zelinda era uma bela negra africana, que escondida dos poderosos da época, fazia rituais mágicos.Tiveram um filho chamado José, que era muito inteligente e tocava instrumentos como ninguém. O garoto herdou do pai o gosto para tocar e fabricar liras, das quais construía 7 diferentes modelos. Da mãe herdou os poderes paranormais: curava pessoas doentes, movia objetos com o olhar, tinha sonhos premonitórios, via a aura das pessoas etc. Na adolescência, conta a lenda que o garoto passou a incorporar espíritos enquanto tocava e uma destas almas seria a do bíblico Rei Davi. Por fazer muito sucesso com as mulheres, um marido ciumento entregou-o para os representantes da igreja, acusando José das Sete Liras de bruxaria. Foi queimado na fogueira pela Inquisição.



A fama do Exu Sete Rei da Lira que baixava em Mãe Cacilda começou a crescer rapidamente devido à característica inusitada de suas giras - onde todo tipo de música poderia ser cantada e tocada - e no uso impressionante da ingestão de vários litros e litros de "marafo", além da roupa ritualística bordada em veludo preto, botas, capas e cartola. Quem presenciou a manifestação deste espírito se impressionou com o magnetismo e com a capacidade de movimentação das pessoas que acorriam ao seu templo, em Santíssimo, um bairro do Rio de Janeiro. Corriam as notícias de boca a boca, dos casos de cura de doenças gravíssimas etc e rapidamente a gira de seu Sete chegou à marca impressionante de mais de cinco mil pessoas por rito.

Compositora e escritora, Mãe Cacilda tinha um programa na Rádio Metropolitana de Inhaúma e o caso é que a fama de seu 7 se espalhou tanto que artistas como Tim Maia, Freddie Mercury e o grupo Kiss estiveram por lá sabe-se lá por qual razão, até que um dia alguém foi até o terreiro e desafiou o Exu a baixar em rede nacional. Ao contrário do que se esperava, o seu Sete concordou e foi aí que o "dendê ferveu"!

A entidade obteve destaque na mídia brasileira a partir da apresentação ao vivo, pela TV Globo e pela extinta TV Tupi, de sessões que causaram viva polémica:

À época, afirmou-se que a então a primeira-dama D. Cyla Médici, esposa do presidente Emílio Garrastazu Médici, teria mergulhado em transe, enquanto assistia ao programa;Como consequência, ambas as emissoras de televisão assinaram um protocolo de auto-censura à época.

O nome da entidade também se liga a um momento da carreira do cantor Tim Maia, no início daquela década, quando era adepto da seita Universo em Desencanto, liderada por Manuel Jacinto Coelho
Incorporada pelo Exu "Seu" 7 Rei da Lira Cacilda havia transformado os programas de Chacrinha e Flávio Cavalcanti num verdadeiro ritual de Kimbanda, daqueles mais bravos. Não se questiona aqui a veracidade da presença do Exu naqueles momentos, ou se é válido esse tipo de exposição ou de manifestação em público, mas há a verdade inquestionável de que algum poder realmente tomou conta das pessoas naqueles programas, pois platéia, cantores, assistentes de câmera, seguranças, contrarregras e outros entraram em transe, desmaiaram ou foram "mediunizados" por exus e outras entidades.
Capa da Matéria
Inabalável, seu Sete da Lira após "tocar a macumba" no programa de Flávio Cavalcanti, sem desincorporar saiu de carro dos estúdios da TV Tupi acompanhado por seus cambonos e foi até os estúdios da Rede Globo no programa do Chacrinha e nem bem entrou no palco, o mesmo fenômeno aconteceu: Chacretes, músicos, diretores e outros entraram em transe.


O próprio Chacrinha, o rei da caricatura e da esbórnia ficou sem ação, conforme o relato do professor universitário Paulo Duarte: "(...) me causou espanto, assistir, há dias àquele espetáculo de 'Seu Sete', apresentado como se fosse um retrato do Brasil: uma 'mandingueira' de cartola e charuto, espargindo cachaça pela multidão em transe, como um sacerdote o faz com água benta. Um adolescente entrou para colaborar, quando foi 'tomado' diante da Mãe de Santo. Esta, que já bebera em público largos goles de pinga, esborrifou-lhe o rosto com um pouco da bebida, aos efeitos mágicos da qual o moleque voltou à razão em meio ao alvoroço da multidão, sob o patrocínio de um Chacrinha mais inconsciente que legítimo".

Mas o evento mais grave e interessante aconteceria longe, no centro do poder: estavam assistindo aos programas o então presidente Médici e sua esposa D. Cyla. Indignado, o general iria tomar algumas "providências" contra Mãe Cacilda, quando, subitamente, ao seu lado, D. Cyla, incorporada, dá uma sonora gargalhada, pede uma rosa, uma champanhe e diz pro presidente não mexer com quem não podia...

Mamãe Oxum, dona de nossa tenda

               Hoje falamos um pouco de nossa Mãe Oxum. Sincretizada a Nossa Senhora Aparecida (para uns e Nossa Senhora da Glória para outros). A pequena imagem da santa foi retirada do rio Paraíba por pescadores da região em 1717. No início, a imagem de Nossa Senhora foi levada para casa de um dos pescadores conhecido por Filipe Cardoso. Em 1737 foi construída uma pequena capela nas margens do rio e cultuada por moradores da região. Em 1745 foi construída uma pequena igreja e em 1888, construíram uma nova igreja, que ficou conhecida como basílica velha e em 1980, foi inaugurada a atual basílica.

Oxum é Orixá que domina as mulheres de modo geral. É conhecida como Orixá da fertilidade, do amor e também a protetora das gestantes como Iemanjá.
Oxum tem grande atuação sobre as mulheres solteiras. Embora isso não seja uma regra, é ela quem protege a juventude. Oxum domina as cachoeiras e chefia uma das falanges da linha de Iemanjá, conhecida como a falange das sereias. Oxum consolida nos filhos da Umbanda a força da mediunidade, fortificando-a nos banhos de cachoeira.

Oxum representa a beleza e a pureza. Ela é evocada nos templos de Umbanda para limpeza fluídica das pessoas e do ambiente dos nossos templos. Por representar a moral e o modelo de mãe, ela é respeitadíssima nos templos de Umbanda.
Oxum representa a fertilidade, é a ela quem recorrem as mulheres que desejam engravidar, sendo também como Iemanjá responsável pela gestação e pelos recém nascidos. A Oxum recorrem todos que se sentem angustiados, desprezados e estéreis. 
A atuação de Oxum nos trabalhos de Umbanda indica alguém extremamente caridoso, capaz de sacrifícios no lugar do próximo. Nos processos de descarga das pessoas que procuram nossos templos em busca de ajuda, é Oxum quem normalmente é evocada para efetuar inicialmente a limpeza fluídica. Oxum ajudará qualquer pessoa, independente dos sentimentos que alimenta, ela descarregará as pessoas através das sereias, seres elementais das águas manipulados pelo plano espiritual enviadas ao nosso plano físico.

Nas obrigações a Oxum são usadas rosas brancas sem os espinhos, velas de cor azul escuro e água pura. Deturpadores e chefes de terreiro mal preparados costumam levar suas correntes até as cachoeiras e lá depositam enorme quantidade de lixo e matanças, que em nada ajudarão essas pessoas que estão maculando um santuário consagrado a Oxum e a Xangô. Alguns levam bebidas como o champanhe, licor de cereja e outras bebidas, deixando lá as garrafas e as velas derretendo nas pedras, deixando imundo o local.

Oxum é o exemplo de mãe que nunca desampara seus filhos. Tenha fé em Oxum, aumente sua devoção por ela, faça como os caboclos, os pretos velhos, crianças e protetores da Umbanda: respeite-a sempre. 
Devido a sua característica de aliviar o sofrimento das pessoas que comparecem aos terreiros, conquistou o respeito e a confiança de todos os seguidores da Umbanda, sendo conhecida como uma das rainhas da Umbanda Sagrada.

Oxum é respeitadíssima nos templos de Umbanda.
Cor ..................... Azul escuro, Amarelo
Domínios .............. As cachoeiras
Atuação ............... Fertilidade e maternidade
Saudação ............. Ai, iê, iê, Mamãe Oxum
Elemento ............. Água
Fonte: http://www.nuss.com.br


Que Oxalá nos abençoe sempre



 Saravá .'.

Cabocla Iara

      Bem irmãos a postagem de hoje é o mito e a história de uma figura muito popular do nosso folclore, Iara é a deusa encantada das águas doces, diferente do deus Rudá que é o deus do mar, cultuado pelo povo indigêna, é a deusa mais ligada a Mamãe Oxum, a Cabocla Iara é uma cabocla muito conhecida na Umbanda, alguns afirmam ser irmã da Cabocla Jurema, mas de certo o que se sabe é que esta entidade é uma das falanjeiras da linha de Oxum, bem mesmo como diz o ponto:

Iara, deusa sagrada
dos rios dos manjerais
Iara, deusa sagrada
flecheira de Oxalá
nas matas que ela domina
não deixa filhos tombar
Oh Juremá, lara lara lara
Oh Juremê lere lere lere
Oxum lá nas cachoeiras
nas águas de Oxalá
Cabocla das Cachoeiras
É sereia em alto mar
Oh Juremá, lara lara lara
Oh Juremê lere lere lere
----------------------------------------------

Então é certo que está entidade vibra na corrente de Oxum, abaixo segue o mito e a história desta Deusa tupi-guarani.
Iara ou Uiara (do tupi 'y-îara "senhora das águas") ou Mãe-d'água, segundo o folclore brasileiro, é uma sereia. De pele morena clara e cabelos negros, tem olhos verdes e costuma banhar-se nos rios, cantando uma melodia irresistível. Os homens que a vêem não conseguem resistir a seus desejos e pulam nas águas e ela então os leva para o fundo do rio, de onde nunca mais voltam. Os que retornam ficam loucos e apenas uma benzedeira ou algum ritual realizado por um pajé consegue curá-los. Os índios têm tanto medo da Iara que procuram evitar os lagos ao entardecer.

A História


ara antes de ser sereia era uma índia guerreira, a melhor de sua tribo. Seus irmãos ficaram com inveja de Iara pois só ela recebia elogios de seu pai que era pajé, e um dia eles resolveram tentar matá-la. De noite quando Iara estava dormindo seus irmãos entraram em sua cabana, só que como Iara tinha a audição aguçada os ouviu e teve que matá-los para se defender e, com medo de seu pai, fugiu. Seu pai propôs uma busca implacável por Iara. Conseguiram pegá-la; e como punição Iara foi jogada bem no encontro do rio Negro e Solimões. Os peixes a trouxeram à superfície e de noite a lua cheia a transformou em uma linda sereia, de longos cabelos negros, brilhantes e sedosos além de olhos azuis da cor do céu, com uma voz muito divina e uma beleza que enfeitiça os homens que a vêem. Iara era, segundo outros a deusa dos peixes e dos pescadores

O Mito
Moça bonita, de cabelos demasiadamente longos, que sempre mora nas águas perto das matas. Pode morar no mar, nos rios, nos lagos, nas cachoeiras e nas lagoas.
Vez por outra, nas horas mortas da noite, especialmente em noite de luar, canta.
Diz que duma voz tão boa, bonita e tocante que o homem que a ouve morre de paixão por ela.
Quando o Homem se apaixona por ela, ele é levado ao fundo das águas (mar,rio,cachoeira,lago ou lagoa)e é devorado pela Iara
Não se entende nada de suas cantigas porque canta em língua indígena. Se a mãe-d'água por acaso um dia morrer, sua fonte seca.
               


                Oke Cabocla Iara, Dona de nossa humilde casa!!!

Oxum Opara


Em uma época onde os deuses viviam na terra, na região da Nigéria existiu duas jovens irmãs: Oxum e Iansã.
   Oxum era deusa do ouro e da prata e tinha poderes sobre o ocultismo, Iansã por sua vez era deusa dos raios, tendo assim poderes sobre eles. Oxum carregava consigo o espelho que mostrava toda verdade oculta. Um belo dia Iansã muito curiosa, pegou o espelho e olhou, viu que era mais bonita que Oxum. Toda aldeia ficou sabendo disso e Oxum ficou muito brava.
   Resolveu dar uma lição em sua irmã, colocou em seu quarto outro espelho, esse mostrava o lado ruim das coisas. Iansã percebendo a troca foi novamente olhar, ficou chocada com o que viu, em vez de ver sua imagem viu um monstro horrível. Entrou numa tristeza profunda e acabou morrendo.
   Os deuses mais velhos descobriram a vingança de Oxum, decidiram castigá-la.
   Oxum carregaria Iansã em seu corpo eternamente, seis meses seria Oxum com todas suas características e os outros seis meses seria Iansã. Oxum Opará tem em uma das mãos o espelho e na outra a espada que representa Iansã, dizem que ela é uma deusa guerreira e anda ao lado de Ogum, o deus do ferro e da estrada.

Essa Oxum pode se vestir de rosa, tem ligação, como vimos com Ogum e  Iansã, dança com o alfange ( espada ) e o abebé ( espelho ), é  a Oxum mais jovem.

quarta-feira, 28 de novembro de 2012

Caboclo Boiadeiro


O caboclo boiadeiro está ligado com a imagem do peão boiadeiro - habilidoso, valente e de muita força física. Vem sempre gritando e agitando os braços como se possuísse na mão, um laço laço para laçar um novilho. Sua dança simboliza o peão sobre o cavalo a andar nas pastagens. Enquanto os "caboclos índios" são quase sempre sisudos e de poucas palavras, é possível encontrar alguns boiadeiros sorridentes e conversadores. Os Boiadeiros vêm dentro da linha de Oxossi. Mas também são regidos por Iansã, tendo recebido da mesma a autoridade de conduzir os eguns da mesma forma que conduziam sua boiada quando encarnados. Levam cada boi (espírito) para seu destino, e trazem os bois que se desgarram (obsessores, quiumbas, etc.) de volta ao caminho do resto da boiada (o caminho do bem).
Os Caboclos são entidades fortes, viris. Alguns têm algumas dificuldades de se expressar em nossa língua, sendo normalmente auxiliados pelos cambonos. São sérios, mas gostam de festas e fartura. Gostam de música, cantam toadas que falam em seus bois e suas andanças por essas terras de meu Deus. Os Boiadeiros também são conhecidos como "Encantados",pois segundo algumas lendas, eles não teriam morrido para se espiritualizarem, mas sim se encantados e transformados em entidades especiais. Os Boiadeiros também apresentam bastante diversidade de manifestações. Boiadeiro menino, Boiadeiro da Campina, Boiadeiro Bugre e muitos outros tipos de Boiadeiros, sendo que alguns até trabalham muito próximos aos Exus. Suas cantigas normalmente são muito alegres, tocadas num ritmo gostoso e vibrante. São grandes trabalhadores, e defendem a todos das influências negativas com muita garra e força espiritual. Possuem enorme poder espiritual e grande autoridade sobre os espíritos menos evoluídos, sendo tais espíritos subjugados por eles com muita facilidade. Sabem que a prática da caridade os levará a evolução, trabalham incorporados na Umbanda, Quimbanda e Candomblé. Fazem parte da linha de caboclos, mais na verdade são bem diferentes em suas funções. Formam uma linha mais recente de espíritos, pois já viveram mais com a modernidade do que os caboclos, que foram povos primitivos. Esses espíritos já conviveram em sua ultima encarnação com a invenção da roda, do ferro, das armas de fogo e com a prática dada magia na terra. Saber que boiadeiros conheceram e utilizaram essas invenções nos ajuda muito para diferenciarmos dos caboclos. São rudes nas suas incorporações, com gestos velozes e pouco harmoniosos. Sua maior finalidade não é a consulta como os Pretos-velhos, nem os passes e muito menos as receitas de remédios como os caboclos, e sim o "dispersar de energia" aderida a corpos, paredes e objetos. É de extrema importância essa função pois enquanto os outros guias podem se preocupar com o teor das consultas e dos passes, existe essa linha "sempre" atenta a qualquer alteração de energia local (entrada de espíritos). Quando bradam altoe rápido, com tom de ordem, estão na verdade ordenando a espíritos que entraram no local a se retirar, assim "limpam" o ambiente para que a prática da caridade continue sem alterações. Esses espíritos atendem aos boiadeiros pela demonstração de coragem que os mesmos lhes passam e são levados por eles para locais próprios de doutrina. Em grande parte, o trabalho dos Boiadeiros ''e no descarrego e no preparo dos médiuns. Os fortalecendo dentro da mediunidade, abrindo a portas para a entrada dos outros guias e tornando-se grandes protetores, como os Exus. Outra grande função de um boiadeiro é manter a disciplina das pessoas dentro de um terreiro, sejam elas médiuns da casa ou consulentes. Costumam proteger demais seus médiuns nas situações perigosas. São verdadeiros conselheiros e castigam quem prejudica um médium que ele goste. "Gostar" para um boiadeiro, é ver no seu médium coragem, lealdade e honestidade, aí sim é considerado por ele "filho". Pois ser filho de boiadeiro não é só tê-lo na coroa. Trabalham também para Orixás, mais mesmo assim, não mudam sua finalidade de trabalho e são muito parecidos na sua forma de incorporar e falar, ou seja, um boiadeiro que trabalhe para Ogum é praticamente igual a um que trabalhe para Xangô, apenas cumprem ordens de Orixás diferentes, não absorvendo no entanto as características deles. Dentro dessa linha a diversidade encontra-se na idade dos boiadeiros. Existem boiadeiros mais velhos, outros mais novos, e costumam dizer que pertencem a locais diferentes, como regiões, por exemplo: Nordeste, Sul, Centro-Oeste, etc... Os Boiadeiros representam a própria essência da miscigenação do povo brasileiro: nossos costumes, crendices, superstições e fé.
Xeituá Caboclo Boiadeiro

Pai Kabila de Oxoce

paitoninho | Baba Kabila de Oxossi e Baba Toninho de Xangô
Pai Kabila ( a esquerda) e Pai Toninho de Xango


Wladimir de Carvalho, o Pai Kabiladeji de Oxóssi, (São Paulo7 de julho de 1950) é um babalorixá do Candomblé de São Paulo, pertence ao Axé da Casa de OxumareSalvadorBahiaque, segundo os historiadores, possui mais de dois séculos de existência. Filho-de-santo da Iyalorixá Mãe Nilzete de Iemanjá e neto de santo de Mãe Menininha do Gantois.
               Nasceu em São Paulo no dia 07 de Julho de 1957, recebendo o nome de batismo de Wladimir de Carvalho, neto de imigrantes italianos e portugueses recebeu educação religiosa Católica até seus doze anos de vida, pois desde os seus seis anos de idade Pai Kabila, já começou a sentir o dom da espiritualidade que veio em forma de alteração em sua saúde, não havendo na época remédio que pudesse resolver seu problema. Sua mãe, muito católica relutou em levá-lo para uma benzedeira para olhar o problema, onde foi detectado seu dom espiritual.
Esta senhora que era conhecida por todos do bairro de Vila Isabel em OsascoSão Paulo, era iniciada na religião do Candomblé de Angola e era filha do Orixá Xangô, tinha sua dijína de Oba Tunké, foi ela que levou Pai Kabila pela primeira vez em uma casa de Candomblé em uma festa para crianças (Ibeji) no mês de setembro, onde Pai Kabila se sentiu muito mal e desmaiou (bolar no santo) como se dizia na época.
Assim Dona Lindaura (Obatunke) falou para a mãe de Pai Kabila a Senhora Dona Yolanda que ele tinha dom espiritual e que era preciso iniciá-lo na religião do Candomblé; Dona Iolanda desconhecendo a religião logo foi dizendo um “não” não quero meu filho envolvido nessas coisas de macumba, assim Pai Kabila continuou sofrendo por mais um ano com sua doença, vendo que remédios não faziam o menor efeito para a cura de Pai Kabila, ela então resolveu encaminhá-lo para que se pudesse fazer então a iniciação no Candomblé para que ele pudesse ser curado.
Sendo assim, aos treze anos de idade Pai Kabila foi levado para uma casa de Candomblé na cidade de Osasco no Bairro do Jardim Oriental e foi iniciado pela Iyalorixá Sambauê de Oxum, filha do saudoso Pai Olegário de Omolú do Recife, de raiz do sítio do Pátio do terço da nação de Angola, sua iniciação se deu para o mundo do Candomblé no dia 19 de fevereiro de 1970, onde recebeu dijína de Kabiladegy, que com o passar do tempo passou a ser chamado por Pai Kabila.
Como tinha que ser e já estava escrito em seu destino Pai Kabila com uma vidência anormal começou a desenvolver o seu dom, falando para as pessoas o que via e sentia até que se manifestou seu caboclo “Pena Verde”, com quem começou a atender o público no ano de 1974, todas as, quinta-feira e sábados, a fila de pessoas querendo se consultar com o caboclo Pena Verde era enorme, e era feita em sua casa, pois não existia um local específico para o atendimento do grande público, e não podia ser diferente, pois Pai Kabila ainda era muito novo na religião do Candomblé e não jogava Búzios, pois esse ritual somente pode ser realizado por Babalorixás ou Iyalorixás, “pessoas com mais de sete anos de iniciados”.

quinta-feira, 22 de novembro de 2012

Pontos de Oxum


EU VI A DEUSA DA NATUREZA
A RAINHA DA BELEZA
COM O SEU LINDO MANTO AZUL,
ERA TODO AZUL
PARECIA UM CÉU TODO ESTRELADO
ERA UM MANTO SAGRADO DA NOSSA MAMÃE OXUM
JURO, PENSEI QUE FOSSE MIRAGEM
AO FITAR AQUELA IMAGEM
SENTI GRANDE EMOÇÃO
ELA ERA MINHA ESTRELA GUIA
ME ABENÇOAVA E SORRIA
E EU BEIJAVA A SUA MÃO
ORA AI-IÊ-IEU.

...................................................................
AI-IÊ-IEU, AI-IÊ-IEU,
MAMÃE OXUM
AI-IÊ-IEU, AI-IÊ-IEU,
MAMÃE OXUM
AI-IÊ-IEU, MAMÃE OXUM
AI-IÊ-IEU, OXUMARÉ

...................................................................
FOI NA BEIRA DO RIO
AONDE OXUM CHOROU
CHORA AI-IÊ-IEU
OLHA OS FILHOS TEUS

...................................................................
EU VI MAMÃE OXUM
NA CACHOEIRA
SENTADA NA BEIRA DO RIO
COLHENDO LÍRIO, LÍRIO, Ê
COLHENDO LÍRIO, LÍRIO, A
COLHENDO LÍRIO, PRA ENFEITAR NOSSO GONGÁ

...................................................................
JESUS MANDOU AS CRIANCINHAS
COLHER AS ROSAS BRANCAS DO JARDIM
PRA ENFEITAR O DIA DE HOJE
O ALTAR DA NOSSA DEUSA MÃE OXUM
SÃO FLORES, MAMÃE, SÃO FLORES
QUE EU VENHO LHE OFERECER
HUM, HUM, HUM, HUM, HUM, HUM  AI-IÊ-IEU MAMÃE OXUM

...................................................................
EU VI A DEUSA DA NATUREZA
A RAINHA DA BELEZA
COM O SEU LINDO MANTO AZUL, ERA TODO AZUL
PARECIA O CÉU TODO ESTRELADO
ERA O MANTO SAGRADO DA NOSSA MAMÃE OXUM
JURO, PENSEI QUE FOSSE MIRAGEM
AO FITAR AQUELA IMAGEM
SENTI GRANDE DEVOÇÃO
ELA ERA A MINHA ESTRELA GUIA
ME ABENÇOAVA E SORRIA
E EU BEIJAVA A SUA MÃO
ORA AI-IÊ-IEU
AH, EU VI...

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CAIU UMA ESTRELA DENTRO DESSE GONGÁ
CAIU UMA ESTRELA DENTRO DESSE GONGÁ
ERA UMA ESTRELA AZUL
ERA UMA ESTRELA BENDITA
DO MANTO SAGRADO DA MAMÃE OXUM
ERA UMA ESTRELA AZUL
ERA UMA ESTRELA BENDITA
DO MANTO SAGRADO DA MAMÃE OXUM

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OXUM LINDA MORENA
PRA VOCE EU VOU GIRAR
O TEU CANTO DE SEREIA
AGORA VAI ME ENCANTAR
SE VOCE INDA NAO SABE
QUEM E ESTE ORIXA
ELA É MAMÃE OXUM, DONA DO OURO
RAINHA DESTE CONGA

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DESPEDIDA

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BALÁ OXUM, OLHA A BANDA DA SENHORA
BALÁ OXUM, AI-IÊ-IEU JÁ VAI EMBORA

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OXUM TEM 07 ESTRELAS
AS ÁGUAS LHE TROUXE
AS ÁGUA LHE LEVA

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OXUM, JÁ VAI, JÁ VAI PRA ARUANDA
ABENÇÃO OXUM, PROTEÇÃO PRA NOSSA BANDA